AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA Por Gisele Toassa em 5/6/2007 | |
Faz 11 anos que me vinculo à USP e à UNESP, agora como aluna de doutorado do Instituto de Psicologia (USP). Nesta última década, constatei duas grandes evidências nestas instituições: sua desigualdade e heterogeneidade. A imprensa não as tem explorado suficientemente e o meio mais direto de abordá-las, no curto espaço deste texto, é recorrendo à singularidade da memória. Em 2000, enquanto na minha turma unespiana de Psicologia apenas uma colega foi contemplada com bolsa de iniciação científica (não obstante os interessados fossem muitos), na turma de Fonoaudiologia-USP 11 garotas recebiam algum tipo de auxílio às suas pesquisas. Isso porque o curso de Fono liga-se, direta ou indiretamente, às unidades de atendimento do chamado Centrinho (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), um importante centro de pesquisa e tratamento com 65.789 pacientes matriculados até dezembro 2005. Neste ambiente, havia um ritmo louco de estágios (na época, 13 ao todo), muitas verbas, punhados de aprimorandos e mestrandos trabalhando de graça ou quase, relações pessoais pautadas pela competição, hierarquia rígida e modelo quase-empresarial. À primeira vista, um modelo de "gestão", como querem os epígonos do neoliberalismo. Mas há que se refletir sobre tais critérios de qualidade. (...) Leia o texto completo da nossa colega pós-graduanda do Ipusp na página do Observatório da Imprensa: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=436DAC001 |
terça-feira, 5 de junho de 2007
Artigo de pós-graduanda do Ipusp sobre a autonomia universitária no Observatório da Imprensa
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jura
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18:09
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Um comentário:
Acredito que não há como distribuir igualmente as verbas, os enfoques e gastos são diferentes nas várias modalidades de pesquisa e mais ainda entre as grandes áreas (Biológicas, Exatas e Humanas). Acredito que há sim uma política de distribuição baseada no retorno do investimento das verbas, da qual não discordo inteiramente. É claro que todas as pesquisas são importantes, mas algumas, como aquelas ligadas à saúde, tem uma prioridade óbvia e devem sim receber mais verbas. Sou a favor de que estes critérios de prioridade sejam divulgados claramente pelas instituições de fomento, e que, a partir disso, seja realizada uma análise crítica desses critérios pela comunidade científica.
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