Debate com os candidatos a Diretor do IP (03/12):
A Profa. Patto abriu o encontro, informou sobre a expiração de seu mandato, comunicou que pretenderia realizar ainda mais um debate entre os candidatos, em meados de fevereiro, e que, como de costume no IP, seria feita uma consulta geral aos membros da comunidade do IP sobre a indicação dos candidatos. Para concluir, ela pediu para os candidatos se apresentarem, já que não havia inscrição para esse processo. Apresentaram-
O prof. Lino foi incumbido de coordenar o debate em que os professores apresentaram as suas intenções e, depois, ouviram uma serie de propostas, questionamentos e ponderações das pessoas presentes no debate. Lino recapitulou que todos os professores Titulares podem ser eleitos, a não ser que retirem os seus nomes da lista. Além disso, esclareceu que o colégio eleitoral oficial será formado pelos membros da Congregação e dos Conselhos dos Departamentos. Em seguida, sortearam a seqüência das falas e a palavra foi passada aos professores candidatos.
Falou primeiro Leon, que destacou seu papel como um continuador de uma sucessão de gestões, que apenas completará o que seria preciso e que outras coisas já teriam sido realizadas pelos antecessores. Comenta que, inicialmente, pensa a ação organizada em quatro pontos: problemas da desintegração entre as atividades realizadas no IP (Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão); enfrentar com diálogo a permissividade de docentes, funcionários e alunos; ocupar espaços esvaziados do IP; e organizar a participação política do IP em outras instituições como Conselhos, órgãos científicos e de fomento etc.. Ele detalhou melhor cada um desses pontos, como a possível necessidade do TCC para a graduação, tendo em vista a redução de disciplinas obrigatórias e da aparente fragmentação da formação, ou a possibilidade de intercâmbio de funcionários entre setores para que possam exercer melhor e com satisfação as suas tarefas.
Maria Inês foi a segunda a falar e esclareceu que sua pretensão então era estabelecer um diálogo inicial sobre os princípios que deveriam reger a sua ação como Diretora do IP, por isso não apresentaria um projeto ou plataforma, como os outros dois candidatos. Comentou a necessidade de discutir as mudanças internas ao IP como reflexo de políticas mais amplas, como a implantação de novas diretrizes curriculares nacionais, que incidiu sobre a forma interna de organizar a graduação. Pensa, assim, que o IP deve atuar mais nas discussões sobre a formação, seja nos conselhos profissionais, seja nas instâncias do MEC. Imagina que o IP deve não só responder a demandas imediatas apresentadas, mas também pensar o horizonte dos próximos dez ou quinze anos para tentar antecipar soluções para questões iminentes. Em geral, se considera preocupada com problemática da educação no país, que acompanha uma progressiva privatização do ensino.
A terceira e última candidata a falar foi Emma, que comentou ter se sentido motivada a concorrer para a Direção do IP em muito por causa do incentivo de amigos, alunos e docentes. Disse que já começou a conversar com os vários segmentos da unidade para saber o que esperam da direção do IP. Pensa que deve contemplar e manter a pluralidade no IP, sem que se resuma a um ecletismo. Apresentou um projeto provisório de sua direção, contendo diagnósticos e propostas para os vários setores e segmentos do IP, mas ainda espera fazer ajustes e adições ao documento, ao longo da campanha. Enfatizou que gostaria de incentivar a apresentação de mais projetos do IP para financiamento. Comentou que seria interessante uma espécie de setor de Convênios para auxiliar docentes, funcionários e alunos a organizar esses pedidos. Inclusive, esse setor seria criado no conjunto de uma possível reforma administrativa que deveria valorizar setores importantes que hoje não são reconhecidos.
Depois das exposições dos candidatos, a palavra foi passada aos membros do auditório, que comentaram sobre o que seria a permissidade, questões da pós-graduação, posicionamento perante a Reforma do Estatuto da USP, melhor organização do espaço e da finalidade do Centro de Atendimento etc. Esses comentários não foram respondidos pelos candidatos na ocasião, pois se espera que pudessem reuni-los e que servissem de referência para o próximos debate, ainda a ser agendado.
Só para lembrar, a Pós-Graduação tem apenas um voto formal no processo, que é o da RD na Congregação, mas poderá participar amplamente da consulta pública a ser realizada. Vários alunos da pós-graduação estiveram presentes no debate. As questões elaboradas na reunião de alunos de pós foram devida e oportunamente apresentadas então aos três candidatos. (JOARI: joari@usp.br)