Ata da reunião dos pós-graduandos, 28/05

ATA DA REUNIÃO DE ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO DO IPUSP
Data: 28/05/2007
Início: 12h30; término: 15h55
Presentes: Vânia, Mariana, Paulo, Adriana, Joari, Emi, Daniela, Jaqueline, Clodine.

PAUTA
1. Informes.
2. Greve; decretos do Serra; ocupação da reitoria.
3. Normas da pós-graduação.
4. Suplência da CPG.

1. INFORMES

Vânia traz informações sobre a reunião ocorrida no período matutino sobre a ocupação da reitoria, os decretos do governador Serra e a greve. Apresenta cópias de artigos criticando o governador e os decretos, que ferem a constituição do estado de São Paulo e a constituição federal. Relata a opinião do presidente da ADUSP para quem os decretos não são o único problema a ser enfrentado, pois eles apenas refletem os princípios do governo estadual.

Discutiu-se a postura da diretora do IPUSP e a relação entre as instâncias (docentes, discentes, funcionários) no debate da questão, apontando-se a necessidade de uma maior aproximação. Foi ainda apontada a demora da Congregação em debater e se pronunciar sobre os decretos e sobre a ocupação.

Discutiu-se a melhor forma dos representantes discentes comunicarem o conteúdo das reuniões que participam, se deveriam fazê-lo somente após divulgação da ata ou antes disso ocorrer.

2. GREVE/DECRETOS/OCUPAÇÃO

Discutiu-se a necessidade de uma tomada de posição em relação aos assuntos pelos RDs e estudantes da pós que vêm se reunindo. Relatou-se a posição do DCE (contra) e da APG (apoio) em relação a ocupação da reitoria. Abordou-se a questão da legitimidade do grupo, que concorda não poder falar em nome dos alunos da pós, mas sim em nome dos RDs, dos presentes na reunião e dos que participam via lesta de discussões. Se, por um lado, grande parte dos alunos da pós se mantém alheia às discussões, por outro lado, não é desprezível o debate e posição daqueles que se (re)organizam.
Os participantes da reunião relatam sua opinião sobre a ocupação. Vânia e Adriana concordam que a ocupação teve um importante papel na denúncia da situação, mas acham que seria o momento de os alunos iniciarem a desocupação, pois temem um possível uso da violência, sobretudo por parte da polícia, mas também de alguns alunos. Daniela relata sua visita à reitoria ocupada, afirmando que não vira predisposição dos alunos em reagir violentamente frente a uma ação violenta de desocupação. Mesmo assim, teme a entrada da polícia no campus. Esse temor é compartilhado pelos demais presentes, que também entendem ser a ocupação um movimento político legítimo e que trouxe uma grande contribuição em direção à resistência em relação a atual política que promove o desmantelamento da universidade. Seguiu-se um debate sobre a impossibilidade – ou não - dos que não participam do movimento de ocupação possibilitar uma ação coletiva, abrangendo pessoas de diversas unidades e que é preciso construir formas para que essa ação continue existindo após a desocupação; da importância desses momentos (como a greve) que trazem a possibilidade de reflexão e novas ações; ao mesmo tempo, como o temor da iminência de uma desocupação pelo uso da força pode impedir essa mesma reflexão; a necessidade de construir e manter os espaços de reflexão.
As seguintes propostas foram sugeridas (e acatadas):
a) Escrever um documento, assinado virtualmente, que apresente a posição de alunos da pós do IPUSP (Na verdade serão dois documentos, devido a necessidade de urgência no posicionamento: um, mais curto, que será divulgado ainda esta semana, e outro mais aprofundado, que será rascunhado pelo Paulo e apresentado na próxima reunião.
b) Participar de atividades da greve, inclusive das assembléias dos alunos da graduação, apresentando as discussões da pós. Para isso é preciso ter uma melhor comunicação entre alunos de graduação e de pós.
c) Realizar novas reuniões (a próxima na segunda-feira) para continuar o debate sobre o assunto.

Os demais pontos da pauta foram adiados.

PRÓXIMA REUNIÃO: segunda-feira, dia 04/06, às 12h.